Produtora do curta Os Predim é Nóis faz reflexão sobre o impacto do audiovisual periférico
O Brasil é repleto de periferias com milhares de moradores. De acordo com dados do Instituto Locomotiva, cerca de 8% da população brasileira mora em favelas, entretanto, apesar do número expressivo, a história e realidade da população que reside nos morros ainda é pouco divulgada pelas grandes mídias. Pensando em mudar essa realidade, Dalila Pires e Mônica Veiga, da produtora Atlântico Filmes, criaram o curta Os Predim É Nóis, projeto que relata o dia a dia de um conjunto habitacional, no bairro Jardim São José. “Estamos vivendo em um mundo que produz uma grande quantidade de informações e, quando analisamos o que é divulgado sobre as periferias, a regra é vermos notícias ruins, envolvendo criminalidade e escassez. No entanto, nossa proposta é de trazer um outro olhar sobre as periferias e esse olhar é voltado para as pessoas de bem, seus sonhos e suas batalhas. Nós queremos fazer um documentário realista inspirado no cinema verdade”, conta Dalila.
A ideia do projeto surgiu a partir da vivência da Dalila que nasceu no Bairro São José e da Mônica que também morou na região, o que fomentou ainda mais a vontade de dar visibilidade para o local. “A intenção é relatar o que é morar no residencial São José, o perfil dos moradores e apresentar para o mundo como é a vida na periferia. Queremos que nosso filme seja uma ponte entre a comunidade e o resto da sociedade, já que o diálogo e o contato são meios eficazes de quebrar preconceitos”, relata.
Representatividade
Para que o curta consiga captar a essência do local, foram selecionados jovens moradores do conjunto para atuarem lado a lado com a direção. “No esboço do projeto, definimos que seriam selecionados três jovens de 18 a 22 anos que morassem no residencial e que tivessem interesse por arte para serem co-diretores do documentário junto com a Mônica. E assim foi. Os selecionados foram treinados e estão conosco trabalhando na produção do filme. Nossa missão é unir ideias e ecoar a voz de quem mora no local. Está sendo uma experiência enriquecedora”, explica.
É importante salientar os diversos papéis desses projetos que contribuem para a formação técnica e fomenta a liberdade artística dos jovens envolvidos, capacitando-os para a produção audiovisual, ajudando-os a assumir o protagonismo das suas histórias e a ter espaço para contar suas realidades, pouco difundidas pelos meios de comunicação tradicionais.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio do Edital BH nas Telas 2021.
Fonte: Dalila Pires, proprietária da Atlântico Filmes e produtora do projeto Os Predim é Nois (@ospredimenois).
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atualizado em 11/11/2022 - 12:11